O Casal fica num planalto, onde provavelmente existiu um povoado. Dizem os homens mais velhos do lugar, que seus pais e avós diziam que o Casal tinha sido habitado por um povo metalúrgico. Existem ainda algumas estruturas murais em pedra, e um poço bastante sólido com as pedras muito bem cortadas e aparelhadas.
Facilmente se encontram fragmentos cerâmicos de diversos tamanhos e formas. Pessoalmente encontrei fosaiolas, pesos de tear, escória de ferro e um bocadinho de placa de xisto com um traço ilegível.
Sei que nos anos cinquenta, andava um grupo de homens a abrir buracos a metro e meio de fundo (mantear), onde encontraram umas cistas. O espólio nelas encontrado tratava-se dumas peças em bronze e um pote cerâmico.
A peça cerâmica foi imediatamente partida, por darem a hipótese de ter ouro misturado com a terra que se encontrava dentro. Cheguei a falar com o dono do terreno, que me disse que algumas das peças levaram para Aljubarrota, e as restantes tinha-as na adega no Carvalhal. Pedi aos seus netos para me mostrarem, atendendo que o Sr. em questão estava invisual devido à sua avançada idade, e foi-me dito que as peças tinham desaparecido.
No livro Grutas de Alcobaça o Sr. Manuel V. Natividade acerca do Casal diz o seguinte.
Num planalto que fica a poente do Grande Vale do Carvalhal, e numa propriedade do meu dedicado colaborador José Ferreiro, aparecem frequentemente produtos de industria romana, e, numas escavações que ele à pouco fez, pôs a descoberto muito alicerces antigos.
Procedendo a demoradas pesquisas coligiu e ofereceu-me os seguintes objectos: - uma fíbula de cobre, outra de bronze, uma ponta de flecha de cobre, um instrumento igual à recartilha e uma travinca em bronze. Uma pequena placa de micaxisto com buraco para suspensão.
Diversos objectos de ferro pertencentes a várias alfaias agrícolas, uma chave diversas peças de cerâmica e um curioso vaso. O mais precioso objecto achado por este meu benemérito colaborador foi uma estatueta delicadíssima da Vitória, a tentadora deusa da mitologia romana.
Do lado direito da fotografia ve-se o Carreiro do Verdelho que tem uma extensão de mais ou menos cem metros. Este carreiro era utilizado por este povo metalurgico para vir buscar água à fonte.
1 comentários:
Só hoje conheci este blog
E encantada fiquei
Com parte do nosso património
Que nele eu encntrei
Também gosto das raizes
Às quais me sinto presa
Gosto muito de poesia
Vivo no meu dia a dia
Defendendo a natureeza
bjo
Áurea
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